O sorriso se abre em braços
E os braços se abrem num sorriso
Engolimos o corpo e a alma num abraço
Qual uma onda que engole um barco
Não para naufragá-lo,
Mas para engoli-lo em carinho e mansidão…
Soçobrar num abraço é só sobrar um ser único,
Não mais sozinho, não.
Abraçamos trazendo para o peito
O calor do coração, a energia dos chakras
O desejo de estar bem
Abraçamos querendo um jeito
De aquecer a solidão, de deixar boas marcas
De se sentir guardado também.
Eu caibo em teu abraço
Num encaixe tão preciso
Que teu queixo em meu ombro
É quase um beijo, um assombro
E toda dor e cansaço
Vão embora, num sumiço.
Você cabe entre meus braços,
E eu sobro entre os teus,
Além de teus abraços
Queria que teus beijos fossem meus.
Que coubéssemos um no outro
Entre os braços, entre os corações,
Entre as almas e entre as pernas.
Que fôssemos, enfim, um doutro,
Abraçando as emoções,
Entrelaçando as vidas ternas,
Enquanto o abraço se firmar
E o bem-querer se sustentar.
Num abraço carinhoso
Daquele jeito bem gostoso
De não querer se largar.
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