Máximas roderiquianas (62)

A Verdade não está no vinho, como diziam os romanos. Nem na Bíblia, como pregaram os cristãos. Nem nas necessidades biológicas, como queriam os escritores naturalistas. Nem no relativismo do Eu, como afirmam os existencialistas. Ela não está em nenhum desses lugares, e talvez em todos eles. Porque a Verdade, de fato, está em único […]

Máximas roderiquianas (61)

A sensação que tenho, às vezes, é que Deus, quando expulsou-me do Paraíso para este mundo, agiu como uma espécie de ditador. E eu fico, qual exilado da pátria, pedindo por uma anistia à brasileira: “ampla, total e irrestrita”. Aceita-me de volta, Senhor! Chega deste inferno de incompreensão e solidão.

Máximas roderiquianas (56)

Entre a hipocrisia da mentira e a omissão do silêncio há um insignificante vácuo da infernal boa intenção. Não cales. Fala. Antes a pedrada certeira das palavras verdadeiras à carícia nefasta do elogio vazio ou à inércia cômoda da neutralidade. A verdade é boa, a mentira é vil e o silêncio é egoísta.

Máximas roderiquianas (55)

O xadrez realmente é o jogo da sociedade. As mulheres são poderosas, velozes e dominadoras. Os homens são importantes, procurados, mas lentos e encurralados, ao final. Os irracionais passam por cima dos outros, sem escrúpulos, não importa para qual direção pulem. Pessoas firmes e sólidas são retilíneas, embora possam recuar. A Igreja sai pela tangente, […]