Máximas roderiquianas (727)
Todo aquele que usurpa o sincero sorriso alheio por hipoteca compulsória deveria pagar juros com as próprias lágrimas ensanguentadas.
Autor: roderic
Máximas roderiquianas (726)
Um corpo putrefato se justifica por estar morto; uma alma putrefata não tem justificativa.
Máximas roderiquianas (725)
Doentio não é quem aprecia a estética do asco, mas quem tem asco à estética doentia e aprecia o lugar-comum.
Máximas roderiquianas (724)
Nenhum charme se sustenta na futilidade. Ele sucumbe à primeira fase inteligível.
Máximas roderiquianas (723)
Só houve um perfeito exemplo na história da civilização cristã, e essa o crucificou há quase dois mil anos: por que hipocritamente insiste em que sejamos tal qual?
Máximas roderiquianas (722)
Sobre o uso da Língua: dá-me uma íngua quando míngua.
Máximas roderiquianas (721)
Um olhar ao vazio soa como uma pergunta esfíngica.
Máximas roderiquianas (720)
Uma consciência meio abalada à noite ribomba mais que os sinos de dezenas de catedrais à meia-noite.
Máximas roderiquianas (719)
O contentamento pelo infortúnio alheio é tal qual um sorriso banguela: sincero, mas desagradável.
Máximas roderiquianas (718)
Assim como um relógio sem ponteiros está submisso ao tempo sem percebê-lo, um ser humano sem ações está sujeito ao julgamento sem se comprometer.