Máximas roderiquianas (457)
A razão é o salvo-conduto de um prisioneiro da esperança.
A razão é o salvo-conduto de um prisioneiro da esperança.
Bons livros são como o vinho: quanto mais raros e envelhecidos, melhor seu buquê e mais lentamente o degustamos, lamentando gota a gota a proximidade de seu fim.
O amor pela própria companhia é o orgasmo da Solidão; porém também é fugaz e arrefece.
Meu grande problema com o mundo é que nem eu o vejo como os comuns o veem, nem ele me dispensa um tratamento comum.
A única vantagem de uma madrugada solitária em comparação a uma vagabunda é que o álcool e o cigarro beijam a boca.
Relacionar-se com alguém logo após a perda de um amor verdadeiro é uma prótese: está lá, serve, mas não se sente.
Um pênis nem sempre faz de um homem um pai; um coração, invariavelmente.
A maior dor da vítima de abandono é a dúvida que consigo carrega sobre a perdida possibilidade da plenitude. Dali por diante, nada mais parecerá igualar-se.
Vingar-se é a menos correta, mas melhor forma de perdão.
Se a crença na espera é um jasmim, em mim o jardim já está quase no fim.