Máximas roderiquianas (139)
Coopero? Não quero, reitero. Se prospero? Se espero? Não. Desespero.
Coopero? Não quero, reitero. Se prospero? Se espero? Não. Desespero.
Na Bolsa de Amores, cansei de investir a longo prazo e fundo perdido. Agora, quero eu ser um investimento de alguém. A curto e declarado prazo. Já me desvalorizei demais. Quem quiser que invista em minhas ações, daqui para frente.
Decidi trocar a violenta tormenta de meus virulentos sentimentos pelos ventos bolorentos de meus horrendos pensamentos. E aguardo, em sedento desalento, a chegada de meu lento passamento. E sem lamentos.
Há armas para os grandes inimigos. Contra o Diabo, há a prece. Deus é maior. Contra os hipócritas e indignos, há os amigos. São maiores. Mas não há salvação quando teu maior de todos os inimigos é tu mesmo. Porque ninguém consegue ser maior em tua mente do que tu mesmo.
Quando a solidão afeta a alma ao ponto máximo de ausência de amor, o corpo irrompe em espasmos de galante inquisição: “Quem poderia ser?”
From a suicide’s diary: “No vein, no pain”.
Fraquejar é perdoável; delatar-se, execrável.
A vida eterna espiritual dá medo. A morte eterna terrena aterroriza. Porque, em ambos os casos, o homem só se perpetua por seu legado.
Vida limita. Arte infinita.
Paixões vêm e vão. Amores fincam e ferem.