Máximas roderiquianas (78)

 Tenho a expectativa constante da visita de duas senhoras: a Solidão e a Morte. A primeira já se avizinha, arrendou o terreno bem a meu lado, e pode ser duradoura companheira. A segunda ainda se encaminha, mas quando chegar será em definitivo. E digo-vos: antes uma moradora eterna a uma visita indesejável.

Máximas roderiquianas (76)

Banho de chuva… Quisera eu que lavasse minhas dores e angústias, que saciasse minhas carências e desejos. Que trouxesse em cada gota uma revelação sobre a desconhecida por quem espero com tanto amor e dedicação. Deus, que esta chuva me apresente àquela que me encante e saiba encantar… E que ela me resgate desta vida […]

Máximas roderiquianas (73)

Às vezes complicamos demais as coisas. Tão fácil seria aceitarmos que o amor nasce na amizade, e que é mais fácil conquistarmos o coração de quem já nos quer bem do que primeiramente convencermos a alguém de que somos dignos de beijos. Mas, não… padecemos do mal do medo. De perdermos a amizade, de expormos […]

Máximas roderiquianas (71)

O silêncio é repugnante… sempre. É o refúgio dos covardes, a desculpa dos indesculpáveis, a precariedade dos ignorantes, a vergonha dos amofinados, o descompromisso dos burgueses, o escudo dos falsos profetas, que nada têm a dizer. É a neutralidade imunda dos que torturam os corações e almas das pessoas verdadeiras e determinadas. Não há nada […]