Sou paraibano da gema, da voz de Zé Ramalho e Herbert Vianna
De Augusto dos Anjos e toda aquela sua poesia insana.
Sou paraibano maranhense, dos, como Alcione, marrons
De Aluísio Azevedo e Zeca Baleiro, vates em seus tons.
Sou paraibano cearense, das páginas de José de Alencar
E da resistência de Antônio Conselheiro e de Dragão do Mar.
Sou paraibano do Piauí, nas crônicas de Assis Brasil;
Torquato Neto e Roberto Müller dão fé a um peito varonil.
Sou paraibano de Sergipe, precursor como Tobias Barreto,
Lutador como Alina Paim, vencedor como Clodoaldo, sou perfeito.
Sou paraibano potiguar, sou atlético como Virna e Oscar,
Sou poético como a verve de Auta de Sousa a soar.
Sou paraibano pernambucano, com Chico Science viajo pelo mundo
Com Manuel Bandeira e Gilberto Freyre, distingo o ser humano do imundo.
Sou paraibano alagoano, eu decodifico com o Aurélio de Holanda,
Analiso com Graciliano, e com Nise da Silveira vejo a alma humana.
Sou paraibano baiano, sou roqueiro com Raul, sou poeta com Caetano
E com Jorge Amado vou na cultura de todo um povo me adentrando.

E me orgulho de que o presidente deste país,
Que não diz o que sabe e não sabe o que diz,
Não seja um paraibano e aqui não tenha raiz
Ele não vale lugar algum, não passa de um infeliz.

(Do paraibano cearense Roderic Szasz)

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